
Em parte de sua área produtiva, ele implantou um Sistema Agroflorestal Agroecológico (SAFA), a no qual planta cultivos diversificados que, juntos, além de crescerem fortalecidos, também promovem colheitas ao longo do ano gerando renda e contribuindo para maior segurança alimentar de sua família.
As áreas de Sistemas Agroflorestais - SAF, quando são cultivos convencionais, ou SAFA, quando são agroecológicos - são desenhadas considerando, por exemplo, o solo, o clima, o mercado, a composição de espécies, o objetivo com a produção e os custos. Além de produzir alimentos diversificados, melhoram a qualidade do solo e também são aliadas na restauração florestal. Se implantadas em áreas degradadas, elas contribuem para o cumprimento dos serviços ecossistêmicos, fazendo com que o plantio disponibilize alimentos, água, realize a regulação climática, entre outros benefícios.
A implantação de áreas SAF ou SAFA traz um combo de bons resultados, e a ideia tem atraído famílias agricultoras. No primeiro ano do CRA Sustentável na Mata Atlântica, modelo de crédito operado pela Tabôa, 43,4% dos recursos direcionados para a produção de cacau financiaram a implantação ou manutenção de Sistemas Agroflorestais (SAFs) com o cacaueiro.
A implantação de Sistemas Agroflorestais contribui para assegurar a biodiversidade das espécies que crescem ao redor do cacaueiro, assim como na cabruca, que também é um sistema agroflorestal, no qual o cacau cresce à sombra da floresta, junto com outras árvores nativas e frutíferas. “Com o crédito, além do adensamento na cabruca, plantando mais mudas na área, também investi na área SAF”, conta Fábio. Ele aliou dois sistemas que promovem a sociobiodiversidade e, em maior escala, promovem uma importante função de adaptação climática, tornando as propriedades rurais mais resilientes e resistentes a pragas, secas e inundações.
Foto: Acervo Tabôa | Analee.