Fomentar o fortalecimento do protagonismo comunitário na transformação positiva do território de Serra Grande, por meio da potencialização de capacidades locais. Como parte das estratégias do projeto Engaja Serra, a Tabôa realizou, entre maio e junho, duas trilhas de aprendizagem voltadas para coletivos e associações de base comunitária, com foco no fortalecimento institucional das iniciativas. 

A coordenadora das ações de fortalecimento das iniciativas de base comunitária em Serra Grande, Kamala Aymara, explica que os temas foram escolhidos a partir do diagnóstico realizado com 19 iniciativas locais, que levantou as principais demandas desses grupos. “Todas as iniciativas entrevistadas declararam que sua maior dificuldade é conseguir os recursos, principalmente financeiros, para a realização de suas atividades. Por esse motivo, optamos por realizar a trilha de comunicação e narrativas para que tivessem os insumos necessários para seguir para a trilha de mobilização de recursos. Até o momento, foram realizadas essas duas oficinas, todas com boa aceitação por parte das iniciativas e ótima avaliação por parte dos participantes”, pontua.

A primeira trilha, de Comunicação e Narrativas, discutiu conceitos, processos e ferramentas de comunicação com ênfase no desenvolvimento institucional de coletivos e organizações da sociedade civil e construção de narrativas engajadoras para incidência em suas causas de atuação.

Ao longo de três encontros, foram realizados debates e atividades práticas sobre estratégias, ferramentas e linguagens de comunicação. No primeiro dia, os participantes exercitaram um diagnóstico de desafios de comunicação; no segundo, foi a vez de cada iniciativa pensar sobre a organização de suas narrativas; já no terceiro, a prática incluiu o desenho de um mapa de públicos, mensagens-chaves e canais de comunicação. 

“A formação buscou apoiar o planejamento de comunicação a partir das diferentes realidades vivencia das pelas iniciativas, mapeando desafios, oportunidades e potencialidades para a construção de narrativas mais assertivas e engajadoras para fortalecimento institucional e incidências em suas causas de atuação”, explica Simone Amorim, gerente de comunicação da Tabôa e facilitadora da trilha. “As trocas de experiências e compartilhamento de saberes entre os grupos participantes enriqueceram muito os diálogos e aprendizados coletivos”, conta. 

Já a trilha sobre mobilização de recursos teve como objetivo colaborar com iniciativas comunitárias para transformar suas ideias em projetos bem estruturados, preparando-as para aproveitar oportunidades de captação de recursos. Além disso, buscou compartilhar técnicas de planejamento, estratégias de busca por financiamento, ações de mobilização e relacionamento com doadores, a fim de criar redes e fortalecer canais de financiamento, ampliando assim o impacto no desenvolvimento do território onde atuam.

“Espero ter respondido aos principais anseios das iniciativas participantes, apresentando meios de fortalecer as suas autonomias para buscarem recursos”, conta a facilitadora, Jaque Almeida, que é gerente de mobilização de recursos da Tabôa.