
O painel abordou três perspectivas - políticas públicas e marco regulatório, soluções financeiras inovadoras, e o papel dos negócios comunitários e finanças de impacto no desenvolvimento da bioeconomia. O diretor executivo da Tabôa, Roberto Vilela, apresentou, no evento, a atuação da organização na agenda da bioeconomia, em especial no fomento à agricultura familiar produtora de cacau cabruca por meio de crédito e de acompanhamento técnico.
O webinar contou também com a participação da secretária Nacional de Bioeconomia, Carina Pimenta, e da representante do The Nature Conservancy e Inovação Financeira para Amazônia, Cerrado e Chaco, Natalia Leite.
Sobre a publicação
A partir do crescente interesse e da necessidade de aprofundar o entendimento sobre as possibilidades de financiamento, modelos de negócios e os desafios da implementação de uma bioeconomia fortalecida no contexto brasileiro, o subgrupo de Agricultura e Uso Sustentável da Terra, do GT Finanças Verdes do LAB, se debruçou sobre o tema ao longo de 2024, culminando na elaboração da publicação.
Segundo o documento, a bioeconomia pode ser compreendida como uma produção sustentável que envolve o uso inovador de recursos biológicos para a geração de bens e serviços. O Brasil, pelo seu tamanho e biodiversidade, apresenta um grande potencial agrícola e florestal capaz de protagonizar práticas sustentáveis, frequentemente associadas a comunidades tradicionais. A partir dessas potencialidades, além da capacidade de promover a segurança alimentar da população, também pode gerar produtos de alto valor agregado, como biofármacos, biocombustíveis, bioplásticos e alimentos funcionais.
Entre os casos apresentados na publicação está a experiência da Tabôa, que demonstra como a bioeconomia pode contribuir para a regeneração de áreas degradadas, a mitigação das mudanças climáticas e a construção de uma economia mais inclusiva e sustentável, a partir de financiamento e de assistência técnica para a agricultura familiar.
O LAB é resultado de uma parceria entre a Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE), o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).