A Tabôa recebeu representantes do Instituto Cacimba como parte de um intercâmbio institucional, para uma programação repleta de vivências, diálogos e trocas de experiências, entre 14 e 16 de junho. A ação é resultado de seleção no edital do Connecting Communities in The Americas (CCA), que também contemplou a visita da Tabôa à organização, em março.
O Instituto Cacimba atua com desenvolvimento solidário para o fortalecimento comunitário na região de São Miguel Paulista, extremo leste da cidade de São Paulo. Assim, encontra um ponto comum com a Tabôa, que também atua no desenvolvimento de comunidades no sul da Bahia. Para representar a organização, vieram para o intercâmbio Vilma Martins, diretora vice-presidente; Eda Luiz, do Conselho Comunitário; Gisele Paulino, gerente de Tecnologia; Tina Gonçalves, diretora financeira e Lorraine Silva, assistente administrativa.
“O intercâmbio foi importante para troca de conhecimento, aprendizados, vivências e compartilhamento de desafios, além disso, contribuiu para o aprimoramento das ações e serviços prestados pelas duas ONGs a partir da partilha de experiências”, conta a coordenadora do Programa de Desenvolvimento Territorial de Serra Grande e Entorno, Karine Araújo.
A programação foi organizada para que as visitantes tivessem a oportunidade de dialogar com a equipe da Tabôa, além de algumas iniciativas e públicos atendidos e ainda participar de vivências. Dentre as visitas realizadas a iniciativas comunitárias, aconteceu um almoço com o Coletivo Mães Solidárias - um grupo de mulheres que trabalha com ações comunitárias voltadas para segurança alimentar, saúde e educação em Serra Grande. A agenda rendeu compartilhamento de práticas sobre alimentação, uma vez que o Instituto Cacimba realiza o Mulheres do GAU (Grupo de Agricultura Urbana), projeto que também reúne mulheres na produção de alimentos que têm como base ingredientes colhidos viveiro que elas manejam, buscando o fortalecimento da economia solidária.
Mara Campos, que compõe o Coletivo Mães Solidárias, conta que com a visita da organização à Tabôa, surgiu a oportunidade de estreitar laços e compartilhar experiências sobre os projetos que têm tanto em comum. “Convoquei as parceiras e, juntas, contamos a nossa história e ouvimos a delas. A nossa conexão maior, a que nos liga, que é o alimento. Cozinhar pra gente é um ato de amor, um amor que é compartilhado, que é dado, e o sorriso de quem recebe é a nossa maior recompensa. As Mulheres do GAU e as Mães Solidárias são mulheres que amam o próximo e demonstram isso se doando de uma forma que é difícil descrever”, comenta Mara.
O intercâmbio contemplou, ainda, visita a experiências apoiadas pela Tabôa também em comunidades rurais, a exemplo do Assentamento Rochedo, no município de Ibirapitanga (BA), no qual foi possível conhecer como funcionam as ações institucionais no fortalecimento da agricultura familiar, incluindo acesso a crédito, acompanhamento técnico e meliponicultura; compartilhamento de práticas de gestão com equipe administrativa e financeira da Tabôa; participação na edição de junho da Prosa Comunitária, que teve como foco a articulação de uma agenda antirracista em Serra Grande; encontro com a equipe do Programa de Desenvolvimento Territorial da Tabôa; visitas a iniciativas de base comunitária, como o Circo da Lua e a Feira Saberes e Sabores. Além disso, experiências de empreendedorismo, que contaram com apoio da Tabôa, também estiveram na agenda, como a visita à Gelart e à Oficina de Gastronomia.
“A partir do intercâmbio, também foi possível perceber a contribuição das organizações da sociedade civil para populações em situação de vulnerabilidade na garantia de direitos e exercício da cidadania”, conta Karine.
